Luciano Pereira da Silva (1864-1926)
Luciano Pereira da Silva nasceu no dia 21 de Novembro de 1864, em Caminha. Por ocasião dos 150 anos do seu nascimento, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, em parceria com o Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia, organiza um colóquio de homenagem a este ilustre Professor da Universidade de Coimbra. Os trabalhos de Luciano Pereira da Silva (1864-1926) desenvolveram-se maioritariamente nas áreas da história da astronomia, da ciência náutica e dos descobrimentos portugueses. A ele se deve também a criação do Gabinete de Geometria da Universidade de Coimbra. Foi ainda por diligência sua que teve lugar a recuperação da Igreja Matriz de Caminha, do Século XV, já depois da sua morte. Uma incursão pelas suas Obras Completas permite-nos constatar que os seus estudos percorreram matérias tão diversas como o actuariado, a mecânica, mas também a literatura: um apaixonado por Camões, Luciano Pereira da Silva demonstrou que aquele era um profundo conhecedor da astronomia.
Usando as palavras de Luís de Albuquerque, podemos dizer que "Luciano Pereira da Silva reconstituiu a história das origens da marinharia moderna, completando assim o que outros autores, e em especial Joaquim Bensaúde, tinham pouco antes iniciado; os pequenos estudos que foi editando sobre as tábuas astronómicas de Abraão Zacuto, sobre as tavoletas da Índia, sobre as regras das festas mudáveis de Gonçalo Trancoso, etc., prepararam a sua Arte de Navegar desde o Infante D. Henrique até D. João de Castro, primeira exposição sistemática da náutica praticada pelos navegadores portugueses entre 1450 e 1550 e obra que decisivamente contribuiu para o aparecimento de uma corrente de estudos sobre um tema até então praticamente ignorado."
Usando as palavras de Luís de Albuquerque, podemos dizer que "Luciano Pereira da Silva reconstituiu a história das origens da marinharia moderna, completando assim o que outros autores, e em especial Joaquim Bensaúde, tinham pouco antes iniciado; os pequenos estudos que foi editando sobre as tábuas astronómicas de Abraão Zacuto, sobre as tavoletas da Índia, sobre as regras das festas mudáveis de Gonçalo Trancoso, etc., prepararam a sua Arte de Navegar desde o Infante D. Henrique até D. João de Castro, primeira exposição sistemática da náutica praticada pelos navegadores portugueses entre 1450 e 1550 e obra que decisivamente contribuiu para o aparecimento de uma corrente de estudos sobre um tema até então praticamente ignorado."